À procura de um novo tratamento para o Cancro da Próstata? Conheça os métodos mais inovadores para eliminar a doença

Desenvolver um cancro na glândula prostática desencadeia uma preocupação urgente: encontrar uma cura. Mas é natural também surgir o receio de passar por um processo terapêutico convencional e ultrapassado. Por isso, é frequente que os pacientes tentem encontrar um novo tratamento para o Cancro da Próstata, de preferência o mais eficaz, confortável e indolor possível.

Na verdade, os desenvolvimentos na área da terapêutica dos tumores malignos na próstata são constantes – e existem diversos métodos inovadores, que substituem opções mais invasivas.

Neste artigo vamos dar a conhecer quais são. Assim, se tiver sido diagnosticado com esta doença, saberá quais as suas opções.

Como se efectua um novo tratamento para o Cancro da Próstata?

O Cancro da Próstata é um dos tipos de neoplasia maligna mais comuns nos homens. Quando se encontra numa fase localizada (afectando ainda apenas a glândula), sem se ter disseminado para outros locais, a realização de um tratamento tem por objectivo eliminar por completo a massa tumoral e curar a doença - diz-se que tem um intuito curativo.

Mas, hoje em dia, podemos dizer que os novos tratamentos têm objectivos que ultrapassam a cura: espera-se que um método actual permita também proteger ao máximo as estruturas anatómicas e preservar funcionalmente o aparelho genito-urinário. Desta forma, é possível reduzir ou evitar efeitos secundários comuns, típicos de uma intervenção à próstata, como a disfunção eréctil ou a incontinência urinária. O resultado é a preservação da saúde dos pacientes, da sua qualidade de vida e do seu bem-estar.


Existem já vários procedimentos que cumprem estes objectivos. Alguns dos fatores que influenciam a escolha do tratamento para o Cancro da Próstata estão relacionados com as próprias características do tumor. Isto é, quanto mais localizado estiver, mais localizado e preciso deve ser também o método terapêutico.


As características da próstata (nomeadamente a sua dimensão) e os sintomas que o doente apresenta (sobretudo os sintomas urinários) são outros elementos que devem ser ponderados para determinar a melhor estratégia de tratamento.


A preferência do paciente e o seu estado de saúde são também factores relevantes na escolha do tratamento a usar. 


Em certos casos, é possível ou necessário associar mais do que um método, para melhorar os resultados.

Quais são os novos tratamentos mais vantajosos para o Cancro da Próstata?

 

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Em tempos, os tratamentos mais usados para curar um cancro prostático com eficácia eram os mais invasivos e radicais, que eliminavam de forma mais agressiva a massa tumoral - como a cirurgia aberta.

Hoje é possível escolher métodos mais inovadores. Além de serem mais eficazes e terem menos efeitos associados, são aqueles que:

  • São realizados de forma mais localizada, direccionada e precisa;
  • Causam menos complicações durante e após a sua realização;
  • Permitem proteger as zonas saudáveis circundantes.


Vamos conhecer alguns exemplos desses tratamentos e explicar as suas maiores vantagens.

1. Braquiterapia

A Braquiterapia é um tratamento que usa radiação para eliminar um cancro localizado na próstata. Procede à implementação de pequenos implantes no interior deste orgão, na zona do tumor e na restante próstata, através de agulhas colocadas no períneo. Estes vão libertando radiação ao longo do tempo para eliminar o cancro. Ao fim de alguns meses, tornam-se inactivos.

Este método apresenta diversos benefícios. Em primeiro lugar, é uma técnica muito eficiente na cura do cancro, já que emite radiação em dose adequada para eliminar as células tumorais de forma muito precisa - direccionada para os pontos necessários e sem afectar os orgãos circundantes. É realizada sob controlo ecográfico em tempo real, o que ajuda a aumentar o seu rigor e precisão.

Adicionalmente, os efeitos secundários que a Braquiterapia pode provocar após o tratamento para o Cancro da Próstata são menos frequentes, quando comparados com outras opções e geralmente também menos marcados. A incontinência urinária e a disfunção eréctil, por exemplo, acontecem com muito menos frequência do que com outras técnicas. Isto acontece porque os implantes são colocados próximos ao tumor, apenas no interior da próstata, respeitando a distância necessária aos limites deste orgão (bem como à uretra, a bexiga e ao recto), o que permite salvaguardar os tecidos mais próximos e evitar danos nos mesmos.

 

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Para além destas existem outras vantagens da Braquiterapia, como:

  • É pouco invasiva, reduzindo a frequência de complicações;
  • É realizada apenas numa sessão, permitindo ter alta no próprio dia ou no dia seguinte;
  • É indolor, pois é realizada sob anestesia geral ou raquianestesia;
  • É realizada de forma rápida, demorando entre uma e duas horas;
  • Permite uma recuperação mais rápida, porque é pouco invasiva;
  • É muito segura, porque a radiação é libertada em doses baixas, de forma gradual.

2. Radioterapia Externa

Realizada em várias sessões, habitualmente durante cerca de 6 semanas (embora existam actualmente protocolos de tratamento mais curtos), a Radioterapia Externa consiste no fornecimento externo de doses de radiação elevadas, para se conseguir destruir as células tumorais. Este procedimento é útil nos casos de cancro localizado na próstata ou em casos em que eventualmente tenha já atingido algumas zonas adjacentes.

O modo de realização é muito simples: com o paciente deitado, é usado um aparelho específico que se move em volta dele e vai emitindo a radiação até ao local onde se encontra o tumor.

 

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Trata-se de um procedimento administrado de forma externa em relação ao corpo, sendo a dose emitida a necessária para atingir o orgão e destruir as células tumorais, da forma mais precisa possível. Apesar da evolução dos equipamentos ter sido notável, a radioterapia externa pode causar sintomas relacionados com a irradiação de orgãos adjacentes, como o recto e a bexiga (podendo causar eventualmente, e como exemplo, diarreia, aparecimento de sangue nas fezes, queixas de cistite - como os sintomas causados por uma infecção urinária - ou o aparecimento de sangue na urina). Estes sintomas podem durar mais ou menos tempo, desde dias a meses. Quando ocorrem, estes sintomas geralmente melhoram/desaparecem com o tempo - podendo eventualmente surgir novamente mais tarde, após meses a anos.

Este tratamento tem vindo a evoluir e sofrer desenvolvimentos ao longo do tempo, para aumentar o seu grau de precisão. Actualmente, as técnicas usadas na Radioterapia Externa para tratamento do Cancro da Próstata são mais avançadas, permitindo definir com mais precisão as zonas a atingir. A planificação e simulação prévia do tratamento também ajuda a torná-la mais localizada. Por esta razão, torna-se também um método de tratamento eficaz, inovador e seguro.

Existem ainda outras vantagens deste tratamento:

  • Evita procedimentos invasivos e a necessidade de anestesia;
  • É indolor;
  • Pode ser usado em quase todas as idades;
  • Permite a retoma imediata das actividades habituais.

Ainda assim, com a Radioterapia Externa podem ocorrer mais efeitos secundários, comparando com o método anterior. Os mais comuns estão relacionados com a função sexual (disfunção eréctil e/ou problemas de ejaculação) ou com alterações intestinais ou urinárias. Contudo, em alguns casos estas consequências podem ser passageiras.

3. Cirurgia Laparoscópica

Tratar um Cancro da Próstata pode passar pela remoção desta glândula. No passado, esta técnica era realizada exclusivamente através de uma cirurgia aberta, mais agressiva.

A variante Laparoscópica veio alterar isso: é executada através de pequenas incisões abdominais, com poucos milímetros, onde se colocam instrumentos conhecidos como “portas” (os trocars) por onde passam os instrumentos cirúrgicos necessários para remover a próstata e outros orgãos próximos (vesículas seminais, um segmento dos canais deferentes e tecidos peri-prostáticos). Através dos trocars/portas é igualmente colocada uma micro-câmara que permite a adequada visualização do processo.

 

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Por remover completamente a próstata, este procedimento é muito eficaz na cura do tumor, quando este se encontra localizado ou atinge apenas zonas próximas da glândula. Além disso, por ser muito menos agressivo e dispensar grandes incisões, torna mais fácil evitar danos estruturais que provocariam consequências mais significativas (como ocorre com a cirurgia aberta).

Por estas razões, realizar uma Cirurgia Laparoscópica como tratamento do Cancro da Próstata também possibilita ter:

  • Menos tempo de internamento;
  • Menos complicações (como perdas de sangue);
  • Menos efeitos secundários (comparada com a cirurgia aberta).

 Esta técnica tem evoluído em anos recentes, com novos instrumentos cirúrgicos, novas fontes de energia, câmeras mais sofisticadas e evoluídas (como as câmeras a 3 dimensões - 3D - e as câmaras articuladas), instrumentos articulados, acesso por porta única, instrumentos robotizados, etc.

4. Cirurgia Robótica

Este tipo de cirurgia é uma variante do método anterior, que apresenta o mesmo objectivo e modo de actuação: através de pequenas incisões abdominais, permite retirar a próstata e outras estruturas específicas, como forma de eliminar um tumor localizado.

A grande diferença está no modo como é realizada, sendo ainda mais inovadora. O método robótico, como o nome indica, é efectuado com recurso a um sistema robotizado específico, sendo o mais comum o Sistema Da Vinci (actualmente existem diversos outros, que acabam de ser comercializados). Na realidade, este “robot” consiste num sistema que é controlado pelo cirurgião, reproduzindo todos os seus movimentos durante a cirurgia.


Este procedimento facilita o trabalho do urologista e oferece maior liberdade de movimentos ao médico. Assim sendo, todos os passos cirúrgicos são realizados com maior precisão, contribuindo para a protecção das estruturas anatómicas e para a diminuição de consequências e complicações.

 

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Fazer uma Cirurgia Robótica como tratamento para o Cancro da Próstata traz ainda outros benefícios. Os mais importantes são:

  • Permite ter acesso a imagens 3D de alta definição que facilitam a visualização das zonas a operar;
  • Garante a segurança por ser pouco agressiva;
  • Reduz a possibilidade de tremor fisiológico do médico;
  • Acelera a intervenção e a recuperação.

5. Crioterapia

A Crioterapia é um tipo de tratamento para o Cancro da Próstata que consiste na aplicação de um gás a temperaturas muito baixas que congela os tumores (localizados ou recidivados), levando à sua eliminação. Tal como na Braquiterapia, são inseridas agulhas por via perineal, responsáveis pela circulação e introdução deste gás.

Este é também um método inovador por permitir preservar as estruturas urinárias e zonas adjacentes à próstata, evitando consequências. Porquê? Primeiro, porque pode ser realizado de forma muito precisa, direccionando o gás congelante apenas para o tumor. Depois, porque utiliza sensores de temperatura e um líquido aquecido que protegem a uretra, o recto e outras estruturas do congelamento.

 

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Existem ainda outras vantagens em usar a Crioterapia como tratamento do Cancro da Próstata, como:

  • Permite uma rápida recuperação;
  • Dispensa o uso de radiação e seus efeitos;
  • Pode ser usada em recidivas do cancro;
  • Utiliza anestesia, pelo que é indolor;
  • É realizada apenas numa sessão.

Como saber qual o novo tratamento do Cancro da Próstata mais indicado para si?

Como vimos, é possível recorrer a métodos inovadores para curar um tumor na próstata, dispensando técnicas agressivas. Para escolher o mais indicado, é preciso, primeiro, avaliar o estado de saúde do paciente e as suas preferências.

Depois, é necessário averiguar também a localização exacta do tumor, através de alguns exames. Os mais comuns e úteis para esse fim são:

  • Ecografia prostática;
  • Tomografia Computorizada;
  • Ressonância Magnética Nuclear, nomeadamente a mais específica e precisa Ressonância multiparamétrica da próstata;
  • Tomografia Computorizada;
  • PET e PET-CT;
  • Biópsia prostática.

A partir dos dados obtidos com estes exames, o médico define a melhor estratégia terapêutica para cada caso, a mais eficaz e com menos consequências, especificamente, para cada doente, para as suas características.

É por isso fundamental contar com a ajuda de especialistas experientes nesta doença, como os do Instituto da Próstata. Dispomos dos melhores e mais precisos métodos de avaliação, para perceber qual a melhor solução para o seu caso.

Somos especialistas em doenças prostáticas e nos seus tratamentos. Assim, é assegurada a selecção dos novos e mais adequados tratamentos para o Cancro da Próstata, aqueles que se revelam mais eficazes e vantajosos para o seu caso específico.

Contacte-nos e descubra qual é o novo tratamento para o Cancro da Próstata que pode devolver-lhe a saúde.

Dr. José Santos Dias

Director Clínico do Instituto da Próstata

  • Licenciado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
  • Especialista em Urologia
  • Fellow do European Board of Urology
  • Autor dos livros "Tudo o que sempre quis saber Sobre Próstata", "Urologia fundamental na Prática Clínica", "Urologia em 10 minutos","Casos Clínicos de Urologia" e "Protocolos de Urgência em Urologia"

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