A possibilidade de surgirem efeitos colaterais é uma das preocupações mais recorrentes quanto aos tratamentos do cancro prostático.
O cenário ideal é eliminar o tumor e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, não tendo de lidar com novos problemas e complicações e problemas resultantes do processo de cura.
Neste sentido, a Braquiterapia pode ser a escolha ideal.
Vamos descobrir porquê.
Porque é que este Tratamento provoca poucos efeitos colaterais?
A razão está relacionada com as várias vantagens da Braquiterapia que contribuem também para a sua eficácia.
Este é um método minimamente invasivo, pouco agressivo, o que significa que o risco de ocorrerem complicações após o procedimento é menor, quando comparado com outros métodos mais invasivos.
Além do mais, uma vez que permite destruir as células cancerígenas de forma localizada, não causa danos nos tecidos próximos, que poderiam manifestar-se mais tarde, assim como não interfere com outras funções corporais.
Assim, esta redução de riscos permite que, após um tratamento de Braquiterapia, o paciente possa retomar a sua vida habitual rapidamente, tendo alta normalmente no espaço de 24 horas ou menos e retomando a sua vida normal após poucos dias.
O mesmo não acontece com as técnicas cirúrgicas, por exemplo, onde normalmente o período de recuperação é muito maior.
Relação com a Disfunção Eréctil e Incontinência Urinária
Estas são duas das consequências mais temidas relacionadas com intervenções na próstata, graças aos constrangimentos que causam.
Relativamente à dificuldade em manter uma erecção, o problema pode ocorrer quando os nervos que controlam essa capacidade são afectados durante o tratamento.
Ainda assim, saiba que um dos benefícios da Braquiterapia é precisamente o facto de, geralmente, afastar o risco de disfunção eréctil e incontinência urinária, em comparação com outras técnicas como a cirurgia ou a Radioterapia Externa.
Por outro lado, se estes problemas já existirem antes da realização do procedimento, é normal que persistam. Este tratamento não melhora estas queixas, se já existirem antes da realização da técnica.
Quais as possíveis reacções após a Braquiterapia?
Ainda que as duas consequências anteriores não sejam propriamente associadas à Braquiterapia, podem surgir outros efeitos secundários de forma imediata ou a médio/longo prazo, ainda que possam variar consoante o paciente.
Mas há uma boa notícia: para cada um deles existe solução, através de terapêuticas médicas ou outro tipo de intervenções.
Ainda assim, o mais habitual é que diminuam ou desapareçam de forma gradual.
Caso não aconteça, ou se eventualmente até piorarem, é importante ser acompanhado por um médico especialista para uma correcta avaliação e tratamento, para que não provoquem complicações futuras.
Vamos então descobrir quais os efeitos mais comuns após a Braquiterapia.
1. Dor ou inchaço
Logo após o procedimento, é natural sentir alguma dor na zona do períneo, que pode ser acompanhada por equimose (“nódoa negra”) ou hematoma decorrentes da inserção das agulhas e sementes.
O escroto pode também parecer levemente inchado e com equimose, fruto do impacto das agulhas utilizadas.
O médico pode receitar alguma medicação para reduzir estas sensações, ainda que no geral não sejam particularmente intensas e, quando surgem, tendam a desaparecer espontaneamente ao fim de alguns dias.
2. Queixas Urinárias
As mais frequentes e desconfortáveis, que podem ser sentidas a curto prazo, são:
- Fluxo urinário fraco;
- Ardor ou dor miccional;
- Urgência em urinar;
- Aumento da frequência das micções.
Seja por inflamação/irritação da bexiga ou uretra fruto da radiação, pela algaliação transitória ou por outra razão, esta sintomatologia tende a desaparecer ao fim de alguns dias ou semanas. Se tal não acontecer, podem ser tomadas medidas terapêuticas mais eficazes, para as resolver.
Caso o paciente sinta dificuldade para urinar após alguns dias deve comunicá-lo ao seu médico, uma vez que essa complicação costuma ser superada antes de regressar a casa.
3. Urina com sangue
Pode ocorrer alguma hemorragia local ou na urina, geralmente em pequena quantidade e transitória.
Se for mais intensa, com coágulos, em maior “quantidade”, ou mais prolongada, principalmente se acompanhado de sintomas febris, deve procurar o seu médico.
4. Alterações intestinais
Ainda que de forma mais rara, pode ocorrer alteração dos movimentos intestinais, que podem ser mais frequentes, resultando em episódios de diarreia.
É possível tomar medicação para controlar este efeito, raro em quando ocorre, geralmente transitório.
5. Cansaço
A fadiga ou cansaço são outros possíveis efeitos colaterais da Braquiterapia, que podem durar alguns dias ou semanas. São no entanto extremamente raros. Os doentes sentem-se geralmente muito bem logo após a realização da técnica e a alta hospitalar.
Com o tempo, mantendo hábitos de sono regulares, é provável que esta sensação deixe de existir.
É possível minimizar os efeitos sentidos?
Ainda que, de forma geral, todas as consequências deixem de se sentir à medida que os dias ou semanas vão passando, seguir algumas das seguintes recomendações pode fazer com que sejam sentidas de forma mais breve e ligeira:
- Manter uma dieta equilibrada e saudável;
- Evitar actividades de esforço nos primeiros dias;
- Ingerir a quantidade de líquidos recomendada;
- Evitar andar de bicicleta e outras actividades que exerçam pressão na zona intervencionada, durante algumas semanas.
Informe-se com um especialista em Braquiterapia
Embora haja a possibilidade de existirem efeitos colaterais, estes podem não ocorrer ou não serem notados, contribuindo assim para que possa usufruir totalmente dos resultados da Braquiterapia.
Em todo o caso, se é candidato para este tratamento procure esclarecer todas as dúvidas sobre o procedimento em si e também sobre as possíveis consequências.
Os médicos do Instituto da Próstata estão aptos a fornecer todas as informações para que encare o seu tratamento com confiança.