Quando um doente é operado por HBP, nunca se retira a totalidade do orgão. Muitas vezes utiliza-se a imagem da laranja para explicar a cirurgia: é como se se retirassem os gomos da laranja e ficasse apenas a casca. É importante reter esta ideia, porque significa que existe tecido prostático “normal” que não é retirado (ou seja, a parte da próstata que é “comprimida”, empurrada, pelo aumento benigno). Assim, os doentes operados por HBP precisam de manter uma vigilância regular deste orgão, quer com toque rectal quer com doseamento do PSA, ao contrário do que muitas vezes pensam (“se já fui operado à próstata, já não preciso de me preocupar mais com ela nem com análises do PSA”).
Os doentes operados deverão ser avaliados no pós-operatório imediato, nos dias a seguir à operação, diariamente até à alta. Deverá ser realizada uma consulta entre os 15 dias e o mês após a cirurgia. Daí para a frente, estes doentes deverão realizar, pelo menos, uma avaliação anual, com toque rectal e PSA, para o diagnóstico precoce de cancro da próstata.