Foi-me diagnosticado um Cancro da Próstata. O que devo fazer?

O que devo fazer?

O cancro da próstata é uma doença que, se diagnosticada precocemente, é tratável e apresenta um prognóstico favorável, com pouco impacto na sobrevida e na qualidade de vida. Por isso, é fundamental que o tratamento seja adequado, rápido e de qualidade.

É por isso essencial que os doentes com cancro da próstata sejam tratados por um médico Urologista com experiência nesta área, que se dedique especificamente às doenças da próstata, que tenha tratado um elevado número de doentes com este problema e que tenha acesso a todas as modallidades de tratamento actualmente disponíveis. Só assim se pode realizar um tratamento adequado ao caso específico de cada doente. Estas condições apenas são encontradas em centros dedicados especificamente a este tipo de doenças e que possuam toda a tecnologia e meios necessários à realização dos diversos tipos de tratamento possíveis.

Esta doença apresenta diferentes nuances que devem ser avaliadas e ponderadas, de modo a adequar o tratamento a cada doente. Na altura do diagnóstico, um tumor da próstata pode apresentar-se numa fase ainda localizada ou, pelo contrário, numa fase já mais avançada (ver “Estadiamento do Cancro da Próstata”). O tratamento destas duas formas/fases da doença é substancialmente diferente (ver “Tratamento do Cancro da Próstata”). No entanto, além desta diferença do tipo de tratamento em função da fase da doença, existem inúmeros outros aspectos e diferentes nuances que podem tornar uma modalidade de tratamento mais adequada a um determinado doente; essa modalidade pode não ser a mais indicada noutro doente, apesar deste poder apresentar uma doença com características aparentemente semelhantes.

Assim, se lhe for diagnosticado um cancro da próstata, na sequência de uma biópsia prostática, ou se existir a suspeita de padecer deste tumor, deve procurar um centro e um Urologista que reúna as condições referidas. Só assim poderá garantir que o tratamento a realizar é de qualidade e realizado por uma equipa de elementos com experiência adequada ao tratamento desta doença.

Em alguns casos, a doença apresenta-se numa fase mais avançada e, por isso, já sem indicação para realização de um tratamento com intuitos curativos. Mesmo nestes casos, em que o objectivo do tratamento é paliativo, existe muito a oferecer a estes doentes, de modo a minorar os sintomas, aliviar as queixas apresentadas e a retardar a progressão do tumor e o aparecimento e agravamento dos sintomas que esta progressão pode acarretar. Ou seja, mesmo nestes casos menos favoráveis, é fundamental ser assistido por elementos com experiência no tratamento destas situações, porque os benefícios obtidos em termos de tempo e qualidade de vida são significativos – e fundamentais para o bem-estar do doente, bem como dos seus familiares.

A eficácia do tratamento, a confiança e a segurança que só médicos com experiência nestes tratamentos e com elevado número de doentes seguidos e tratados asseguram é fundamental – nesta talvez ainda mais do que noutras doenças – para se obterem os melhores resultados possíveis, de acordo com as mais recentes recomendações internacionais (“guidelines”) relativas ao diagnóstico e tratamento destas doenças.

Para o tratamento desta doença existem, actualmente, inúmeras modalidades terapêuticas disponíveis. Para um doente que se vê confrontado com este aterrador diagnóstico, como se este facto não fosse já suficientemente dramárico, segue-se geralmente um período de dúvidas acerca da solução mais adequada à sua situação, porque frequentemente diferentes médicos emitem diferentes opiniões, as fontes de informação (internet, livros, artigos, etc.) se por um lado são múltiplas e de cada vez mais fácil acesso – o que é positivo, por outro são por vezes confusas, contraditórias e mesmo erróneas. A angústia que frequentemente assalta as pessoas nestas circunstâncias é, por isso, duplamente penalizante: além da doença grave que foi diagnosticada e que é necessário combater, existe a dúvida adicional acerca do melhor caminho a seguir.

Mais uma vez, e por mais um motivo, se torna necessário recorrer a centros credíveis e a médicos Urologistas com experiência no tratamento desta situação e com acesso a todas as modalidades de tratamento. Só assim se pode garantir que a opinião emitida não é condicionada por factores que não devem ser valorizados. A opinião emitida poderá ser condicionada, por exemplo, pela disponibilidade, num determinado centro, de apenas algumas das técnicas que se podem utilizar, e não de todas. Este aspecto pode, evidentemente, condicionar a indicação para o tratamento, uma vez que, inevitavelmente, a proposta terapêutica irá depender das técnicas aí existentes. O “preconceito” que alguns médicos podem ter, pela sua diferente formação, poderá igualmente condicionar a sua opinião: para um Urologista que apenas realize, por exemplo, cirurgia (e não a Braquiterapia ou a Crioterapia), esta será, provavelmente e à partida a técnica preconizada para um determinada situação; para um Radioterapeuta, pela “(de)formação” profissional de base, a Radioterapia será, provavelmente, a técnica indicada como a mais eficaz para essa mesma situação.

No Instituto da Próstata e Incontinência Urinária, tem a garantia de que a avaliação, o tratamento e o seguimento do seu caso é feito por Urologistas com vasta experiência no diagnóstico e tratamento do cancro deste orgão, assegurando que o tratamento efectuado se adequa à sua situação clínica específica, cumpre os mais rigorosos standards de qualidade e está de acordo com os guidelines (linhas de orientação) recomendados pela Associação Americana de Urologia e pela Associação Europeia de Urologia.

Dr. José Santos Dias

Director Clínico do Instituto da Próstata

  • Licenciado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
  • Especialista em Urologia
  • Fellow do European Board of Urology
  • Autor dos livros "Tudo o que sempre quis saber Sobre Próstata", "Urologia fundamental na Prática Clínica", "Urologia em 10 minutos","Casos Clínicos de Urologia" e "Protocolos de Urgência em Urologia"

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