Fez embolização da próstata e não foi tão eficaz como esperava? Fez embolização da próstata e, apesar de ter melhorado inicialmente, as queixas voltaram? O que fazer?
Se pensa fazer uma embolização da próstata ou se fez este tratamento e o mesmo não foi tão eficaz como esperava (não melhorou como pensava que ia acontecer ou as queixas voltaram depois de uma melhoria inicial, que não se manteve), este artigo é para si!
Vamos explicar-lhe em que consiste a embolização da próstata, porque é que esta pode correr mal, porque pode voltar a ter os sintomas associados à próstata aumentada e o que pode fazer para ultrapassar definitivamente o problema.
O que é a embolização da próstata?
Em casos de aumento benigno do volume da próstata (designado por HBP, de Hiperplasia Benigna da Próstata) existem diversas formas de tratamento possíveis. Podem ser utilizados medicamentos, técnicas minimamente invasivas e técnicas cirúrgicas de vários tipos.
Há alguns anos, médicos radiologistas pensaram na possibilidade de bloquear as artérias que irrigam a próstata, que nutrem este órgão (ou seja, os vasos que “vão” para a próstata, transportando o sangue, oxigénio e nutrientes para este órgão), de modo a que deixasse de receber sangue. Assim, ocorreria uma necrose, uma espécie de gangrena da próstata e a mesma “encolheria”, diminuiria de tamanho. A ideia era produzir um enfarte do órgão - à semelhança do que acontece com o enfarte do miocárdio, no coração, ou com um enfarte cerebral (um AVC), no caso do cérebro.
Esperava-se, assim, diminuir o volume, a dimensão da próstata, diminuindo a compressão da uretra por ela causada e, consequentemente, as queixas urinárias associadas à HBP.
Alguns trabalhos foram publicados sobre o assunto e esta técnica teve algum desenvolvimento, nomeadamente em Portugal, onde foi utilizada pelo Prof. João Martins Pisco, um dos radiologistas de intervenção pioneiros na utilização desta técnica no útero (técnica aplicada em casos de miomas). O Prof. Martins Pisco iniciou, então, a utilização da técnica de embolização na próstata com o objectivo de reduzir a sua dimensão e as queixas por ela provocadas.
A embolização prostática é, portanto, uma técnica utilizada no tratamento do aumento benigno da próstata. Em alguns centros foram efectuadas experiências de utilização da embolização em casos de cancro da próstata, mas as mesmas foram abandonadas pelos maus resultados obtidos e este tratamento não está nunca indicado em casos de tumor maligno.
Como funciona o processo de embolização prostática? O que pode correr mal?
Ao contrário do que acontece noutros órgãos, como o coração e o cérebro, em que cada parte destes órgãos recebe sangue apenas de um vaso, no caso da próstata não há apenas um vaso principal (ou melhor dizendo, um de cada lado, como no caso de outros órgãos). Além das duas artérias principais da próstata (uma do lado direito, outra do lado esquerdo), existem vasos de menor calibre que também fazem chegar sangue às diferentes zonas da próstata.
Ao bloquear as artérias principais (com microesferas ou outras partículas, utilizadas na embolização), de repente, deixa de chegar sangue à próstata. O órgão vai, por isso, sofrer um enfarte - uma necrose, como é designada a morte das células em medicina - o que faz com que as células sejam destruídas e a próstata diminua transitoriamente de volume, melhorando as queixas urinárias durante algum tempo.
No entanto, o que acontece é que, ao bloquear as artérias principais, o sangue vai passar a dirigir-se para as artérias de menor calibre - à semelhança do que acontece com o trânsito: se existe uma obstrução de uma “artéria”, de uma rua ou estrada principal, provocada por um acidente ou qualquer outra causa, os carros vão dirigir-se para as vias alternativas, para as artérias de menor dimensão (as ruas ou estradas secundárias), fazendo uma espécie de bypass para chegar ao mesmo destino final.
Por isso e depois de algum tempo (que pode variar de pessoa para pessoa) a próstata volta a crescer, a aumentar de dimensão e, por isso, a comprimir novamente a uretra, causando o incómodo associado à HBP. Por este motivo, a maior parte dos doentes submetidos a embolização, após um período de melhoria das queixas em que a próstata diminui de tamanho, voltam a sentir as mesmas queixas urinárias:
- jacto novamente mais fraco;
- aumento da frequência das micções;
- aumento do número de vezes que urinam de noite;
- urgência para urinar com ou sem incontinência associada;
- gotejo terminal;
- sensação de não esvaziar totalmente a bexiga depois de urinar.
Fiz uma embolização da próstata, mas voltei a ter sintomas. É normal?
Quando as queixas voltam a surgir depois de se ter realizado uma embolização, é frequente os doentes questionarem-se sobre o que fazer a seguir, qual o melhor tratamento a realizar para aliviar as tão incomodativas queixas que voltaram a afectar a sua qualidade de vida e o seu dia a dia.
Estes são doentes já muito massacrados pelo transtorno causado pela próstata, na maior parte dos casos já realizaram tratamentos prévios com medicamentos que ou não foram muito eficazes ou causaram muitos efeitos secundários e querem ver resolvida, de uma vez, o seu problema de próstata e as suas queixas urinárias. São homens que querem voltar a ter um sono de qualidade, dormir mais tranquilamente e durante mais horas, não andar à procura de casas de banho nos locais que frequenta por ter urgência para urinar e ter medo de perder urina, poder assistir sem sobressaltos e interrupções a um filme, um concerto, uma peça de teatro ou um jogo do princípio ao fim, etc.
Se este é o seu caso, então saiba que há soluções para melhorar a qualidade de vida e diminuir as queixas urinárias.
Tenho sintomas semelhantes aos que tinha antes da embolização da próstata. O que fazer?
No Instituto da Próstata realizamos os tratamentos definitivos para os doentes que realizaram embolização da próstata mas cujas queixas urinárias voltaram.
Então, quais são os tratamentos mais recomendados?
- Enucleação prostática endoscópica - com energia bipolar (designada por BIPOLEP) ou por laser (designada por HOLEP), que apresentam os melhores e mais duradouros resultados
- Fotovaporização da próstata com laser (HOLAP ou PVP, de fotovaporização da próstata) - a alternativa indicada para casos de próstatas mais pequenas
- Cirurgia laparoscópica - em casos com próstatas de muito elevado volume, a melhor solução pode passar pela cirurgia, que se designa por “Millin” laparoscópico.
Estas técnicas são eficazes no alívio dos sintomas provocados pela próstata que voltou a crescer e permitem melhorar muito significativamente a vida dos homens afectados. Mesmo nos casos em que se realizou previamente uma embolização, estas técnicas são exequíveis e eficazes. São, aliás, as recomendadas, porque por vezes, são de mais fácil execução: a embolização, em alguns casos, permite definir de forma simples os limites da parte da próstata que deve ser retirada, para assegurar os melhores resultados e a maior eficácia possível da intervenção a realizar.
Descubra qual o melhor tratamento das queixas recidivadas após embolização da próstata
No Instituto da Próstata dispomos dos melhores profissionais médicos e dos melhores métodos de diagnóstico e tratamento para as doenças da próstata, incluindo os casos de homens após realização de embolização da próstata.
Os médicos do Instituto da Próstata são urologistas que se especializaram e diferenciaram no tratamento minimamente invasivo das doenças deste órgão, permitindo obter os melhores resultados possíveis, com a menor taxa de complicações e efeitos secundários resultantes dos tratamentos.
Consulte-nos, comprove por si mesmo e decida, em conjunto com o especialista, qual o tratamento mais adequado para o seu caso específico, que irá assegurar os melhores resultados e garantir que são ultrapassados todos os incómodos da doença.