O aumento de volume da próstata pode levar a complicações relacionadas com a bexiga ou os rins. A presença destas complicações quer dizer que estes doentes devem ser, obrigatoriamente, operados à próstata. São as chamadas indicações absolutas para cirurgia e que são cinco:
- Retenção urinária aguda recidivante. Ou seja, o doente fica recorerntemente em retenção urinária (“urina presa”). A maioria dos autores defende que a cirurgia não se deve realizar imediatamente após o episódio agudo. Os riscos cirúrgicos são menores se se esperarem algumas semanas, mantendo-se o doente algaliado ou (de preferência e se possível), sem algália
- Infecções urinárias (prostatites, cistites, pielonefrites) de repetição
- Hematúria macroscópica (sangue na urina, visível a olho nu), resistente à terapêutica com medicamentos e persistente ou recorrente
- Dilatação do aparelho urinário superior com deterioração da função renal
- Litíase (cálculos, vulgo “pedras”) na bexiga
Na presença de sintomas marcados (designados por LUTS) com interferência franca na qualidade de vida e refractários à terapêutica médica, a melhor solução é, também, a terapêutica cirúrgica. Constitui o que é designado por indicação relativa para cirurgia. Um outro motivo para cirurgia é a opção ou preferência do doente. Nalguns casos, o doente manifesta a vontade expressa numa atitude mais interventiva, por preferência em relação à toma contínua, durante anos, de fármacos para a próstata, o que é uma opção individual e razoável. Constitui também o que se designa como uma indicação relativa para cirurgia. A presença de divertículos (pequenas “saculações” da bexiga, procidentes na parede deste orgão) volumosos ou sintomáticos são também uma indicação relativa para a realização de cirurgia.