Cirurgia Laparoscópica no Tratamento do Tumor do Rim

Em que Consiste a Cirurgia Laparoscópica para o Tumor do Rim?

A nefrectomia laparoscópica, é um procedimento minimamente invasivo que tem como objetivo tratar o tumor do rim.

Sendo uma cirurgia minimamente invasiva, a cirurgia laparoscópica proporciona uma recuperação mais rápida, com menos dor, com menor tempo de internamento no hospital/clínica, com menor perda de sangue muito menor e mais rápida recuperação e retorno à vida normal, comparativamente com as cirurgias clássicas.

Como em todas as cirurgias laparoscópicas, são feitas pequenas incisões (entre 5 e 10mm) no abdómen do paciente doente, através das quais são introduzidos os instrumentos cirúrgicos. Um destes instrumentos é um laparoscópico, que tem uma câmara de vídeo, que capta imagens do interior da cavidade abdominal do paciente, permitindo ao cirurgião operar visualizando o interior do abdómen num monitor de televisão.

O procedimento pode ser efetuado de forma distinta, consoante seja possível remover apenas o tumor (nefrectomia parcial) ou consoante seja necessário remover a totalidade do rim (nefrectomia radical). 

Para a decisão da melhor técnica a efetuar, é importante considerar fatores do paciente e fatores do tumor. Quanto aos fatores do paciente, é relevante não só o estado geral e funcional do mesmo como as doenças concomitantes, a medicação habitual (como fármacos antiagregantes plaquetários ou anticoagulantes) e as cirurgias prévias. Quanto aos fatores do tumor, é essencial a realização de um exame como a tomografia computorizada com contraste ou a ressonância magnética nuclear.

Qual é o Procedimento da Cirurgia Laparoscópica?

Na cirurgia laparoscópica para o tratamento do tumor do rim, como em todas as cirurgias laparoscópicas, são feitas pequenas incisões no abdómen do doente, de apenas alguns milímetros, por onde são introduzidos os instrumentos cirúrgicos.

Um destes instrumentos é um laparoscópico que tem uma câmara de vídeo, que capta imagens do interior da cavidade abdominal do doente, permitindo ao cirurgião operar visualizando o interior do abdómen num monitor de televisão.

O rim é removido na totalidade (ou, no caso da nefrectomia parcial, apenas parte do rim) por uma incisão, que na ocasião é alargada, para que o órgão (ou parte dele) consiga ser extraído.

Os tumores muito volumosos, que invadiram tecidos em torno do rim ou que invadiram estruturas venosas, como a veia cava inferior, podem não ser passíveis de remoção por este tipo de cirurgia.

Actualmente já é possível fazer este tipo de procedimento cirúrgico com o auxílio de um robot, que proporciona movimentos mais precisos dos instrumentos. No entanto, na nefrectomia radical não é uma mais valia significativa. Em relação à nefrectomia parcial, pode tornar a cirurgia mais simples, mas não é um equipamento essencial para este tipo de tratamento, ao contrário de outras situações.

Nefrectomia Laparoscópica Radical

A nefrectomia radical laparoscópica é considerada o gold standard para o tratamento das lesões renais de grandes dimensões e nos casos em que não seja exequível efetuar uma nefrectomia parcial. Consiste na remoção da totalidade do rim, da gordura peri-renal, da fáscia de Gerota e dos gânglios linfáticos adjacentes aos vasos renais. Em casos selecionados, pode ser realizada simultaneamente a remoção da glândula supra-renal e dos gânglios linfáticos adjacentes à artéria aorta e à veia cava inferior.

Pode estar também indicada nos casos de tumor do rim mais avançado, em associação à imunoterapia ou para controlo de sintomas.

 

Nefrectomia Laparoscópica Parcial

Atualmente, a nefrectomia parcial laparoscópica é considerada o gold standard para o tratamento das pequenas lesões renais, uma vez que permite não só a eficácia oncológica mas também a preservação da função renal e uma recuperação mais rápida.

Dada a grande vascularização do rim, quando este procedimento é efetuado, é frequentemente necessário proceder à clampagem temporária dos vasos que o irrigam, de forma a minimizar as perdas sanguíneas.

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Como é o Pós-Tratamento da Cirurgia Laparoscópica?

Os doentes que realizam tratamento cirúrgico por via laparoscópica (tanto a nefrectomia radical como a nefrectomia parcial) mantêm um acompanhamento médico regular.

Os principais objetivos do acompanhamento após o tratamento são a detecção de uma eventual recorrência da doença (seja local, no rim contralateral, nos gânglios retroperitoneais ou noutros órgãos) e a vigilância da função renal.

O plano a instituir depende principalmente do tipo de tumor renal, que é categorizado de acordo com a análise anatomopatológica da peça operatória e do estadiamento prévio. O tipo de tratamento efetuado tem também impacto na frequência do acompanhamento.

Normalmente, o acompanhamento tem uma maior frequência na fase inicial, podendo ser espaçado ao longo do tempo. Habitualmente, é realizada uma avaliação com análises e com um exame de imagem, como a ecografia renal, a tomografia computorizada ou  a ressonância magnética nuclear.

Dr. José Santos Dias

Director Clínico do Instituto da Próstata

  • Licenciado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
  • Especialista em Urologia
  • Fellow do European Board of Urology
  • Autor dos livros "Tudo o que sempre quis saber Sobre Próstata", "Urologia fundamental na Prática Clínica", "Urologia em 10 minutos","Casos Clínicos de Urologia" e "Protocolos de Urgência em Urologia"

Perguntas Frequentes sobre a Cirurgia Laparoscópica para o Tumor no Rim

Como é realizada a Cirurgia Laparoscópica para o Tumor do Rim?

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Quais são os benefícios da Cirurgia Laparoscópica para o doente?

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O doente faz algum tipo de preparação antes da cirurgia?

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A Cirurgia Laparoscópica tem efeitos secundários?

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O doente consegue viver só com um rim?

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Referências

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